Nasceu um leão na Marinha Grande. Feroz. Range os dentes, ruge e pode matar.
O blues («and every day I play my blues»), o rock e toda a envolvência afiliada conjuga-se com aspectos determinantemente americanos, e por isso são Rodriguez (Rodrigo Cassiano), Melquiadez (Bruno Cantanhede) e Nuñez (Nuno Filipe) os Born a Lion.
«My name is John Captain... I have a gun in my hand», a ameaça inicia o single - não do que parecia ser um EP exclusivo para a sua negra página no MySpace - mas para o álbum que se anuncia, digno do mesmo nome [John Captain]. Digamos que este não é propriamente o melhor que ouvi, mas tem, sim senhor, um dos melhores nomes de canções previstos para breve. Não é o melhor tema porque todos se aparentam e se assemelham a continuações uns dos outros, já que não duram sequer três minutos aqueles que por agora estão disponíveis. E claro, porque são tudo partes de um livro de histórias - policial antigo!?
É ainda assim brilhante reparar na criativa vontade dos Born a Lion, um dos grupos do cenário nacional a querer vingar o blues em Portugal, tal como o mediático Legendary Tiger Man. Por falar nele, há que reparar nas multi-funções de cada membro deste trio poeirento: Rodriguez compara-se a um mentor de um projecto do género one man band, sendo o vocalista, o baterista e tocando ainda a harmónica (indispensável nestas sonoridades); Melquiadez é o único guitarrista e Nuñez volta a mostrar (a quem está a ler) as qualidades de saber tocar vários instrumentos, provando ao público que é bom no baixo e nas teclas. Volto a puxar o nome do Homem Tigre e, as semelhanças, apesar das óbvias, desvanecem-se aos poucos porque os Born a Lion não fazem um som puro - este é rouco; é gritado, faz-se ligar à expressão «se queres, come, se não gostas comes menos» e ainda assim os espectadores aguentaram a tal pressão musical e responderam com um alegre «sim! Enche-me outra vez o prato».
Este nome [o da banda] começa a aparecer em muitas circunstâncias pelos media nacionais pelo motivo do futuro lançamento do primeiro álbum; o irónico é que este "Cheirinho" deveria ter aparecido mais cedo, visto que ao aceder ao anteriormente referido sítio da Internet pela primeira vez, o projecto me incitou bons momentos mesmo antes de saber da sua edição no mercado. "Break Down The Line", "My Black Horse Is Gone", o dito "John Captain" e "Lonely Guy" são os temas do falado MySpace - os que por agora se podem conhecer. Estão guardados no meu computador e serão ainda pertencentes ao alinhamento do álbum a publicar pela interessada Rastilho Records (que nos últimos tempos abrigou as estreias de The Poppers ou Dapunksportif), faixas de nome "Blackout", "Melquiadez Gone To Hell Somewhere", "Holy Trap", "Jail Break", as partes 1 e 2 de "My Black Horse Is Gone", "67' Cadillac" (que parece ser outro single) e "Psycho". A produção está a cargo de Marc Jung, os singles a passarem nas rádios será acção para o fim deste mês e o álbum chegará com as castanhas de 13 de Novembro.
Ao que se espera, uma novidade excitante,... aliciante. Até porque consta da longa lista de influências o nome da Isabel Figueira.

FOTOMONTAGEM MIGUEL CARDOSO / HTTP://WWW.MYSPACE.COM/BORNALIONBAND


Quatro temas de Born a Lion a integrar o álbum de estreia.

Rock Alternativo / Blues
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